Talvez eu tente colocar algumas coisas em prática
Esse ano, e já estamos na metade dele, eu comecei a fazer algumas coisas novas, por exemplo tentar ao menos não abandonar meus projetos, um blog é um deles. Isso tudo entra num processo que é: se conhecer, se observar, talvez se auscultar, esse ultimo vem de brinde com a analise que comecei a fazer, um processo de cura através de se escutar. Adiante, encontrei alguns livros muito interessantes que me permitem pensar muito sobre várias coisas. o último deles foi um sobre o conceito de mimese em René Girard. fiquei fascinado, junto com o livro comprei um curso de 3 aulas sobre o desejo, e estou fazendo e minha cabeça está latejando com o que vou aprendendo e refletindo. uma das lições - e são várias - é a negatividade que vem da preocupação maior em gerenciar o processo e construir um ambiente ideal para trabalhar esquecendo a importância do resultado final, se trata mais do que isso mas a ideia é essa. Dito isso, estou tentando implementar mais resultados, conclusões, do que ficar procurando métodos eficazes para nunca conseguir fazer algo, um exemplo disso é o de escrever esse post totalmente no obsidian em MD, ou manter isso aqui neste sítio e não inventar de mudar agora, não quero que isso seja mais uma desculpa para eu não dar prosseguimento nas minhas coisas. Outro ponto é começar a procurar sentido nas coisas, começar a procurar sentido naquilo que me satisfaz, e eliminar na minha vista aquilo que não me satisfaz, ou que não pareça fazer sentido, ao menos no momento.
Ps: não encontrei um lugar onde podia fazer o upload do arquivo .md então tive que ir de ctrl+c ctrl+v pra cá. vou ter que estudar sobre como fazer isso.
é estão destruindo a internet (e nossas mentes) e nós estamos assistindo, aplaudindo e pagando
Olá…, bem eu estive ausente porém não desisti disso aqui, estive pensando e várias coisas nesse tempo e me empolgando e revoltando com várias outras, tô entrando cada vez mais na onda anti-vetorialista e considerando a deixar cada vez mais as plataformas mainstream que rouba seus dados e ainda te fazem pagar por isso. Aparentemente isso não é somente um movimento só meu, vide o PewdiePie que bem não sei se foi ele quem lançou essa onda do Degoogle (a qual eu não sabia que existia) mas deu muita vizibilidade para o movimento. A Gplataform me dava muita segurança e conforto, mas a essa altura é terrivel ter que ficar dependedo de uma assinatura para armazenar seus dados (que não tenho garantia, ou pelo menos a crença de que não estão sendo usados por ela), cobrar para armazenar suas fotos (que talvez usem para treinar IA), pagar para ter injeção de dopamida e não ficar frustrado e ansioso a cada 3 minutos por conta de um Ads. Enfim, não sei se gosto de pagar para um algoz. A migração é lenta pois tenho que procurar alternativas (de preferencia opensource) fazer toda as migrações e talvez tenha até umas curvas de aprendizagem, piraterar sempre é mais dificil, talvez por isso a Netflix conseguiu (ao menos no começo) diminuir o numero dessa ação, entretanto com um numero crecente de streams e serviços pagos (até impressora tem que ter uma conta) talvez seja a hora de remar contra esses dispositivos (a classe vetorialista) que acabou com a internet pela qual tenho tanto prestigio e paixão ao me acompanhar por toda a minha juventude. Sabe, por mais que o micro.blog seja um bom ambiente (embora eu não o explore o quanto deveria) talvez eu esteja interessado em migrar para o writefreely.org e economizar 2 dólares por mês. Sabe, aparentemente temos que mudar as coisas ao longo do tempo, ainda mais quando nada é minimamente permanente tal como um meme. O Twitter foi destruido, a Netflix destruida, o Spotify destruiu não só a música como os podcast (antes você assinava o rss e tinha atualização do podcast preferido sem interrupção, hoje além de pagar pela plataforma ela ainda te empurra Ads. e gerou um monopolio dos podcast) . Então como alternativa sugiro para quem eventualmente por aqui passe dar uma olhada aqui: switching.software e procurar serviços semelhantes que não tem pacto direto com o capeta.
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Estou passando por uma enxurrada de referências e inspirações. Comigo as coisas seguem de maneira lenta, e agora que resolvi encarar ler Fantasmas da minha vida do Mark Fisher, realismo capitalista não consegui terminar pois tinha me deixado muito deprimido, espero que este não faça o mesmo efeito embora seu subtitulo diz: escritos sobre DEPRESSÃO, assobrologia e futuros perdidos. até o momento anda muito bem, é muito claro como parece ser post do blog K-punk, acho. estou lendo para conseguir colocar em dialogo com o pensamento de Wark, isso não necessariamente quer dizer que essas visões concordem, acredito que elas são num geral opostas, e estou estudando isso, Wark é da Australia que um dia foi colonia da Inglaterra de Fisher. Estou na America Latina, nada mais justo que pensar a partir daqui, estou participando de um curso de Epstemologias no Sul Global, não só aprendo coisas muito interessante como sou instigado a pensar através de paradigmas diferentes, está sendo muito proveitoso, durante a ultima aula li a sobre a morte de Pepe Mujica, pouco sabia dele, além de ter sido um presidente que andava de fusca, estou no caminho de aprender sobre ele e o encontro num espectro de esquerda que é contra o trabalho. me encanta. Acredito que não seja algo na linha de Bob Black tá mais para a defesa do Direito a preguiça de Paul Lafargue. O que me inspira em seu pensamento é use se tempo com o trabalho que te inspire, seja, cantar, escrever, jogar, pescar, e talvez no meu caso estudar. Gosto de aprender, gostaria de ter um gabinete de curiosidades.
Quando você tem algo em comum com um grande pintor
Não tinha a intenção de ficar focado na minha doença, mas percebi que nunca tinha escrito sobre ela e, pq não falar sobre uma vez que ela descarrilhou o jeito que tive que lidar com a minha semana (hoje ainda é quarta-feira)? Na loteria de cocô eu tirei a sorte grande, aos 30 anos tive meu primeiro AVC no trabalho, foi isquemico por isso consegui voltar pra casa dirigindo achando que se não fosse AVC eu só estava tendo um infarto. Digo o primeiro pq eu passei o mês seguinte tendo vários episódios, a isquemia é um bloqueio ou redução do fluxo sanguíneo em determinada área, sem sangue, falta oxigênio e nutrientes, e compromete a região, o que no meu caso foi no cérebro, na retina, no meu aparelho auditivo, quando você tem essa tríade a “melhor” hipótese é o que comumente as crianças chamam no recreio de Vasculopatia retinococleocerebral ou síndrome de Susac, uma doença ultra rara que tem pouco estudo e por isso não tem um CID próprio, arrisco a dizer que no Distrito Federal eu sou a única pessoa que tem, minha neurologista comentou que fora eu só tinha encontrado uma outra pessoa com Susac quando fez residencia em São Paulo. O que acontece depois que você tem uma doença desse tipo, ou qualquer outra que o Google não te dar respostas simples é que você começa a estudar um pouco de medicina pra entender mais sobre a sua doença. A parte mais afetada que eu tive (Susac chega a causar surdez) foi no meu cortex pré-frontal, o que comprometeu algumas das minhas funções como planejar coisas, conseguir ficar focado, ter maior empatia, ou me lembrar de certas coisas. Em certo sentido eu não tive sequelas aparente, uma vez que foi um AVC isquemico e não um hemorragico, mas não significa que não tive sequelas, elas só estão ocultas. Assim como a fisioterapia, eu tenho que continuar exercitando (demorei um pouco e tive que fazer uma pausa pra conseguir escrever a palavra exercitando) pois o cérebro é algo de uma plasticidade incrível, e eu consegui recuperar varias das lesões. A coisa tá controlada porém essa semana eu não consegui lidar com mudanças bruscas do dia a dia, e fiquei desorientado. Você primeiro começa a colocar culpa nas outras pessoas, depois no universo, depois no capitalismo, até chegar ao estagio de reconhecer que você tem uma dificuldade com isso devido ao seu novo modo de existência. Talvez minhas colheres tenham se esgotado para escrever, num próximo post eu conto um pouco mais, sobre a doença, grupos de pessoas com Susac, pertencimento, e Goya.
Malditas redes antisociais
De todas as redes antisociais a que mas me deixa mal é o insta, o lugar me deixa incrivelmente ansioso e talvez até deprimido, nas minhas tentaticas de deixar o máximo possivel das redes ela é a primeira, eu consegui me libertar totalmente do Face e continuava no finado twitter, era onde eu conseguia uma interação com pessoas que eu gostava até se tornar um anto de facho, sai de lá. Deus abençoe o céu azul que substituiu com a intenção de trazer aquilo que o musk matou, só não sei até quando isso vai durar. Como a grande parte de tudo que ficou dependete de internet eu recentemente tive que voltar no insta pra acessar um sebo virtual e miséria, parece que estou preso lá de novo, sabe aquele lance de “só uma cerveja não vai me tirar da sobriedade…” poisé, é assim pra mim com o insta, preciso desistalar ele antes que eu volte.
Pensamento de uma segunda-feira de manhã
Acredito que estou em um limbo. Ora eu acredito que deva investir meu tempo em estudar coisas, ser produtivo, escrever, ler, aprender e ora acredito que bom eu não necessito tanto assim de pressa e poderia fazer outras coisas como tentar instalar stepmania no ElementaryOs. O ponto é existe uma pressão, psicologica para que você esteja sempre produzindo algo, e quando isso não acontece uma culpa invade seu ser. As coisas precisam de uma média, mas o mundo atual fica te tirando o tempo todo do rumo, notificações, entretenimentos, flood de informação, é uma preocupação em que parece que nunca acaba.
Britadeiras?
Ok, eu fiquei uns bons dias sem falar aqui, mas é pq estive em férias e não pq abandonei isto. Essas férias foram surpreendentes. Consegui resolver e colocar em ordem várias coisas e aproveitar meu tempo com minha companheira e minha filha. Nesse periodo fiz várias considerações, não sei se consigo listar todas mas algumas que me surgiram mais recetemente foram: Estou testando um novo modelo de cancelamento de ruido, eu tenho um Soundcore Q30, ótimo fone, realmente lindo, gosto tanto dele que já está todo gasto, vou comprar 2 novos daqui um tempo um pra mim e outro de presente, mas enquanto isso estou improvisando algo novo. Tenho fones BT da xaomi que são baratinho, a bateria não dura muito e está longe de cancelar qualquer ruído, então comprei abafadores da 3M, daqueles que se usa quando se vai operar máquinas, tipo britadeiras, ele reduz 20 Db, então uso meus fones de 20 reais e coloco os abafadores e ta-da! tenho algo que consegue evitar com que eu enlouqueça no trabalho, e eu não opero britadeiras.
Coisas que aprendemos quando acordamos muito cedo.
Essa manhã eu aprendi várias coisas.
Não consigo colocar em ordem todas mas vou elaborando, a primeira é a um estalo.
Em um movimento de se livrar das amarras dos algoritimos e das redes sociais, uma das formas de se navegar na internet é como faziamos, visitando os sítios, e como uma rede cada um te leve pra outro lugar.
Hoje cai no blog writingslowly.com em um post sobre a pirataria do cuidado, ou o cuidado como pirataria, ideia explorada no livro Pirate Care, no post algo me chamou a atenção, a ideia de frases de duas palavras, um conceito que pode ajudar muito nesse movimento de escrita devagar.
Então segui as migalhas de pão e cai em outro post que cita Oliver Burkeman em um texto que diz sobre: A magia de mudança de vida de não arrumar.
Em linhas gerais, a frase que bem resume o texto de Oliver é: Está claro para mim agora que o desejo de se tornar perfeitamente organizado é apenas outra manifestação do antigo desejo de atingir uma espécie de domínio divino sobre seu tempo e sua vida
E a explosão de mente que tive foi, eu fiquei e fico por horas, dias, anos tentando encontrar um método perfeito de me organizar e conseguir ver meus resultados, e acabar não percebendo resultados que estão sendo ocultados por essa ânsia de controle que nos cega.
Tentei escrever esse post seguindo um outro conceito que encontrei hoje de manhã, o de quebra de linhas semânticas, não sei se conseguir produzir o efeito, mas fiz.
Talvez seja o que importa.
###Links### writingslowly.com ckarchive.com/b/5quvh7h…
Não dá pra desanimar
Criei esse blog no intuito de fugir, ou driblar as terríveis redes sociais. Uma forte inspiração que eu tive foi o curso de Alaíde Ventura sobre a criação de blog, aquela fantástica pessoa me indicou várias preciosidades literárias e me cativou com o seu humor, mas acontece que eu ainda não encontrei um formato eficiente, comecei no Bear, agora me mudei pra cá, com essa mudança acredito que vou ter uma experiência melhor, então quando estava deixando tudo isso de lado, novamente, me deparei com um texto em uma newsletter (outro formato, assim como o blog que me encanta), o titulo do texto é “Por que blogar se ninguém o lê?”. Esse texto me deu um pouco mais força para não deixar esse projeto vacilar de novo. Um mal que as redes causaram é infinita ansiedade de querer mostrar algo seu para alguém, igual um brinquedo novo e dai você esquece de brincar com aquilo. E a lição aqui é: eu faço isso pra mim, se alguém cair aqui, ok, bom, mas a intenção primeira é ser algo pra mim, e isso só acontece com o exercício de cortar madeira, carregar agua. Como diz Alaíde, escrever só se aprende escrevendo, blogar só se aprende postando.
talvez eu esteja começando a ficar um pouco paranoico
e isso é bom, digo, não sei exatamente pontuar a genesis da coisa toda, mas sei que nos últimos tempos estou me encaminhando para um ludita, ou melhor um NeoLudita, não que eu esteja querendo botar fogo em tudo, ou criar uma gunge da chave inglessa, talvez me mudar para uma cabana no meio do mato sem energia e estragar maquinas alheias? Bom, isso não deu certo pro ultimo cara que tentou, enfim, o que acontece é: no fim do poço havia um alçapão, a gente abriu e pulou lá dentro e caímos num espiral.
Não estou dizendo que a NSA tá me perseguindo, mas as bigtech coleta e compartilha e dita minha vida, malditos vetorialistas, mas como a Makenzie nos releva, eles ainda não tem nossos pensamentos, então para que entregar isso assim de bandeja? Força, a vitória já é deles, o que nos resta é atrapalhar o jogo.
Sair da maioria das redes sociais já é um começo, mas ainda muito tímido, é preciso cartografar as coisas, correr pelas bordas, compartilhar o que tomamos deles e viver a vida real.
Talvez, eu comente sobre minhas ações conforme vou me organizando.
Gaiman você desgraçou tudo.
Esse é menos um post e mais um pequeno desabafo (?). Fique muito impactado com a noticia atual do Neil Gaiman, quero dizer, não pela pessoa em si, é alguém rico com sérios problemas, mas de certa maneira por mim, por sentir uma certa traição, o primeiro livro que li dele foi Lugar Nenhum, amei, dai comecei a entrar em contato com as outras obras e me parecia algo legal, e nós só acompanhamos essas celebridades por aquilo que é positivo que a mídia mostra, de repente, bam! aquela pessoa que você achava tão legal por criar obras tão legais se mostra como alguém repugnante, então como lidar com o sentimento de que você ainda gosta das obras? Agora vai ser difícil desconsiderar que aquilo que gosto foi feito por uma pessoa que faz coisas que não gosto.
fake natty
o micro-blog da um limite de 300 caracteres, mas vc quiser escrever mais pode, fake natty.
140 caracters
Acredito que ter um limitador de caracteres funciona como um motivador de criatividade para passar uma informação no menor espaço possível, sempre fui fã dos 140 do twitter, fique decepcionado quando isso dobrou e quando criaram fios, quero dizer se vc tem que usar mais de 140 caráteres talvez você devesse revisar sua objetividade, extrapolei a quantidade para fazer um teste.